quarta-feira, 29 de agosto de 2012


CENA DE RUA


A família (pai, mãe e filho) estava parada em volta do carro, com o porta-malas aberto.
 O garoto, que regulava quatro anos, agarrava na saia da mãe e choramingava. Depois começou a sapatear, dava pulinhos, como se estivesse em cima de um formigueiro. O choro, a princípio manhoso, tornou-se compulsivo. Eu, que passava por perto me detive a observar a cena. Não me contive e gritei para a mulher que parecia ser a mãe: - VAI ENGOLIR O FÔLEGO! O menino arregalou os olhos e parou de chorar. – Era birra, mesmo! (Perwal, agosto/2011)

ETERNIDADE - ETERNITUDE


Para sempre eu não gostaria de ser, mesmo porque não conseguiria sê-lo.
Esta energia virtual e misteriosa inerente aos fatos, esta força estranha
que me trouxe de um etéreo mundo no enlevo amoroso de meus pais
há de me levar para o amanhã que não será eterno .
Um dia, certamente, ela se encarregará de inibir minhas idéias, de embaciar
meus ohos, de tornar moucos os meus ouvidos; de desarticular meus passos;
de desagegar meus órgãos; de destruir minhas células e de provocar o caos.
 E, enfim, me tombará.
Assim, num incerto dia, meu corpo  - que já não será meu -  cairá inerte. Então alguém, num caridoso gesto,  se encarregará de baixar meus restos, que já não serão meus, numa rasa cova.
Ainda assim, eu viverei enquanto minha imagem, em pálida recordação, aflorar no pensamento de alguém e as idéias que foram minhas sobreviverem nalguma página.
Mas, se algum dia, pela vontade de alguém que dela tiver a posse, por descuido ou por deliberada ação destrui-la, ai, sim, penso que estarei morto para este mundo, mas passarei a viver em outra dimensão.
Udi,jun/12/2011 (perwal)

DILEMA

Penso que o tempo não existe.
Por isso não se pode afirmar que ele passa.
Os fatos sim, estes ficam para trás, nas trevas do esquecimento ou, às vezes, no silencio da memória até desaparecerem completa e definitivamente.
Assim, outros eventos surgem, mas logo também se vão ou ficam arquivados e passam a existir somente na memória.  Ocasionalmente, ressurgem em forma de lembrança tênue.
Quando essa lembrança abrolha carregada de emoção, diz-se que é saudade.
Mas o tempo não existe, o que existe são os fatos e sua lembrança que persiste.
Então, o que o tempo? Seria energia inerente aos fatos?  Suponho que nem energia poderia ser. Energia é algo material, sensível e se é material, existe!
O tempo é apenas ficção. O que existe são os fatos que nos faz lembrar o tempo. Mas, se este não existe como lembra-lo?
Por mais que se queira, impossível lembrar o tempo. Objeto de lembrança são os fatos, pois o tempo não existe. Se o tempo existir pudesse seria em forma de energia que nos trouxe do passado e nos conduzirá ao futuro.
Mas, se energia fosse, seria palpável, sensível, existiria e tudo o que existe se transforma, morre. Mas o tempo não morre, portanto, não existe. O que existe são os fatos. Quando naturais, apenas acontecem, quando produzidos, ditos humanos.
Nem mesmo como ficção o tempo poderia existir porque ficção é formulação da nossa mente, é energia, portanto é fato!
O tempo não existe, penso...!

Udi, agosto/14.   Walter pereira

PALAVRAS AO SILÊNCIO

 Palavras ao silêncio - que desperta sonhos, fantasias
e dá vida:
ao murmúrio das águas calmas que deslizam por planícies verdejantes;
ao fragor de águas encachoeiradas que despencam montanha abaixo e colidem com a rocha bruta que sobressai ao lago que as recolhem no seu leito para embalar o sonho de casais românticos;
ao acalanto da brisa suave das manhãs de maio a roçar meu rosto;
ao sussurro de voz ao meu ouvido em silente declaração de amor;
aos sons acordados que despertam melodias que se eternizam;
ao murmúrio de folhas do outono, soltas a dançar, ao sabor do vento.
Mas se ele tivesse cor, seria:
o vermelho encarnado a desencadear paixão;
o suave da rosa perfumada a despertar amor;
o roxo do cravo a representar tristeza;
o lilás, a trazer melancolia;
o azul, a solidão;
o branco, a paz.
Mas, o silêncio é só silêncio... Só!

Uberlândia, 18/04/2012
Perwal

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ECOS DA CONVENÇÃO DO PSDB DE UBERLÃNDIA-MG


Na noite de 02/07/2012, O Diretório Municipal do Partido da Social Democracia (PSDB), reuniu-se em convenção para cumprir mais um ato do processo democrático que se desenvolve nesta cidade e que tem por objetivo a eleição dos membros do Parlamento Municipal e do futuro Prefeito de Município. Depois de longos debates que vinham ocorrendo há tempos sobre a viabilidade de nomes apresentados para concorrer ao cargo de Prefeito de Uberlândia, o escolhido e aclamado foi o de Luiz Humberto Carneiro.

 Em verdade, tivemos uma noite de gala em Uberlândia. Nessa ocasião, fomos honrados com as presenças ilustres de Antonio Anastásia, governador do Estado de Minas Gerais; e de Aécio Neves, Senador da República pelo Estado de Minas. As presenças de Anastásia e de Aécio na convenção do PSDB de Uberlândia - cidade encantadora, uma das cidades mais importantes do Estado de Minas e do Brasil, Terra onde se respira patriotismo e se comunga princípios autênticos de democracia - mais do que  motivo de justo orgulho para os  convencionais, revelaram a magnitude e importância de Uberlândia no cenário nacional.

 Esta convenção nos lembra também a continuidade da campanha para escolha do futuro presente do Brasil. No cenário da pugna democrática que se avizinha, o nome de Aécio Neves desponta como estrela de primeira grandeza e, nas urnas, já se revela vitorioso.

Daí, a responsabilidade que assumimos, na memorável convenção do PSDB, de elegermos Luiz Humberto Carneiro Prefeito de Uberlândia. Ele dará continuidade ao bem sucedido projeto de governo ora em desenvolvimento pelo prefeito Odelmo Leão Carneiro e será, com certeza, importante ponto de apoio à candidatura de Aécio Neves ao cargo de Presidente da República.