THE AFTER DAY
- REDE
SUSTENTABILIDADE
Ainda
sob o impacto do dia seguinte ao ingresso de Marina Silva nas fileiras do
Partido Socialista Brasileiro (PSB), aparecem na mídia os primeiros comentários
e analises – de cientistas ou de simples amadores – a respeito de tão
surpreendente fato político. Uma primeira indagação: Quem seria o maior
beneficiário da adesão de Marina ao PSB? Os pré-candidatos a presidência da república
Eduardo Campos ou Aécio Neves? Penso que nem mesmo Marina seria a maior
beneficiária, depois da derrota no Tribunal Superior Eleitoral. Este, embora
tenha reconhecido legitimidade do pedido de registro do partido Rede Sustentabilidade,
formalizado por Marina, entendeu que o número de assinaturas de abonadores para
o registro do novo partido era insuficiente. Marina, com estupendo jogo de
cintura, demonstrou que perdeu uma batalha, mas não perdeu a guerra. Recuou, taticamente, ingressando em outra
agremiação sem desprezar seu ideal e abandonar o projeto de criação do Rede
Sustentabilidade. Reposicionou-se sob os holofotes de um partido já estruturado
e em plena ascensão no cenário político brasileiro, sob a direção de Eduardo
Campos, governador de Pernambuco. Então, num primeiro momento, quem mais ganhou
foi a oposição, sustentada por Aécio Neves, Eduardo Campos e tantos outros
políticos, ao governo petista ora instalado no poder. Mas, apesar da primavera,
nem tudo são flores no jardim do PSB. Surge o impasse de quem seria o candidato
do partido a presidência da república, presente o fato de Marina superar
Eduardo Campos em recentes pesquisas eleitorais. Caso semelhante aquele em que
o discípulo supera o mestre. Mas, política, embora seja ciência, é também, a
arte de superar obstáculos e estes, certamente, serão superados por Marina e
Eduardo Campos. (perwal,08/10/13)