segunda-feira, 17 de março de 2014

pois do Facebook?


Ricardo Pampulha deixou o Facebook após discussões com amigos sobre política.
FOTO: Clayton Souza/Estadão
SÃO PAULO – Já virou assunto com data marcada. O evento no Facebook agendado para o dia 9 de março convidava usuários a migrarem coletivamente para a Diaspora, uma rede social descentralizada criada por ativistas e que promete maior privacidade. Dos mais de 13 mil convidados, cerca de 600 confirmaram presença. Essa não foi a primeira e nem será a última vez em que a promessa de abandonar o Facebook é sacramentada pela internet. Com mais de 1 bilhão de usuários, a maior rede social do planeta se transformou na plataforma que todos adoram odiar.
Quem nunca ouviu um amigo ameaçar sair do Facebook? Apesar dos sinais de cansaço da rede, que ajudaram rivais como o Snapchat a prosperar, e de uma maior preocupação com a privacidade após a revelação do escândalo da espionagem pelo ex-agente Edward Snowden, de 2012 para 2013 o número de brasileiros na rede social cresceu 9%, para 83 milhões de pessoas, e o número de horas gastas na plataforma aumentou de 9h23 para 12h13 horas mensais.
Nesse contexto, sair do Facebook se tornou quase um ato heroico. Como diria a escritora australiana Germaine Greer “na era da informação, invisibilidade é equivalente à morte.” Não por acaso, para quem já se arriscou a sair da rede a pergunta frequente é: existe vida após o Facebook?
“O Facebook não faz nenhum tipo de falta”, afirma o engenheiro de telecomunicação Ricardo Barbalho Pampulha, de 27 anos, que se descreve como um ex-viciado na rede social. “Eu ficava no Facebook até 4 horas, sendo que acordava para trabalhar às 6 horas. Entrava até durante reuniões de trabalho. Hoje vejo que exagerava.”
A decisão de abandonar a rede social veio em meados do ano passado, após desentendimentos com amigos por causa do seu posicionamento político. “Postava tudo que passava pela minha cabeça. Viciado é isso mesmo. Você lê e posta coisas o tempo todo”, explica. “Meus amigos começaram a me xingar, minha família tentou me defender e, para evitar confusão, cancelei”, diz ele, que substituiu o Facebook pelo WhatsApp. “Ontem fiquei online até 3h30”, confessa

Nenhum comentário:

Postar um comentário