terça-feira, 29 de abril de 2014



LULA declarações desastrosas


Luiz Inácio Lula da Silva, em território brasileiro, é um mudo; no exterior vira poeta, fala mais que papagaio adestrado. Em Portugal, semana passada, o ex-presidente, ao conceder entrevista, afirmou que o julgamento da ação penal Nº 470 (mensalão), do Supremo Tribunal Federal, foi 80% político. Joaquim Barbosa, presidente do STF, respondeu, com a afirmação: “o julgamento foi técnico”.
Penso que a afirmação dos dois está incorreta. Nenhum julgamento tem porção determinada de política e nem é estritamente técnico. Todo julgamento é, necessariamente, técnico, sem deixar de ser político. O ser humano é um animal político, já dizia o filosofo. Entretanto, a política judiciária, não é aquela ditada pela falsidade, pela mentira e pela demagogia barata. Todo julgamento judicial envolve política sim, mas política de natureza jurídica, ditada pelo direito e pela  razão. O Supremo Tribunal Federal - a mais alta Corte - é um dos poderes do Estado Brasileiro. E, por ser poder, é, também, político. Visa a uma política jurídica que melhor atenda aos anseios da Justiça e do povo.
 Lula – Presidente do Brasil ao tempo do mensalão – só não foi denunciado com seus companheiros José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, por questão de política criminal.  Ninguém acredita que ele pudesse ignorar o que acontecia ao lado de seu gabinete presidencial. As pessoas que ali trabalhavam eram da mais estrita confiança, seus orientadores e confidentes.
Lula é um falastrão, no sentido mais intimo do termo, cuspiu no prato que comeu ao sustentar a respeito dos condenados no caso mensalão, seus companheiros de partido e amigos de longa data:: Não se trata de gente da minha confiança” ( Jornal, O Estado de São Paulo, Ed.28/04/2014).
 Fico triste ao tomar conhecimento pela mídia que ainda existe políticos que pretendem a volta do hipócrita Luiz Inácio Lula da Silva, ao  cargo de presidente do Brasil. (perwal)     

sábado, 26 de abril de 2014



REGIÃO METROPOLITANA DO TRIANGULO

Jornal “O Correio de Uberlândia” (26/4/2014) abriu manchete para noticiar a criação de uma região metropolitana do Triângulo Mineiro envolvendo os municípios de Uberaba e Uberlândia. Os dois municípios guardam distância de 100 km. O primeiro, situado ao norte do Estado de São Paulo; o segundo, mais ao sul do Estados de Mato Grosso/Goiás. Os interesses dos dois são diversos, nem sempre coincidem. Uberaba é uma cidade conservadora e Uberlândia, cosmopolita.
Os prefeitos das duas cidades propõem uma região metropolitana com 16 municípios, mas o projeto elaborado por universidades de Uberaba e Uberlândia prevê 66 municípios.
Penso que uma região metropolitana serve para atender a interesses regionais, mas, acima de
Tudo, para otimizar a administração do Estado. Assim, região metropolitana não pode ser
territorialmente uma macrorregião como quer os prefeitos. Em verdade, ao que parece,
eles pretendem a criação de um verdadeiro “Estado do Triângulo” e não uma região metropolitana. Não existe um consenso entre as partes envolvidas. Fico a pensar: Será que vai dar certo? – Eis a questão!

sábado, 5 de abril de 2014

"É MUITO TARDE"

Hoje, sem nenhuma inspiração para escrever coisas minhas,
permitam-me, transcrever página do meu encantamento.
 Trata-se de
exórdio do sermão de despedida do púlpito
 de Francisco de Monte-Alverne, (1784-1858), pregador régio,
 que, cego, e afastado de suas funções durante anos,
 assim se expressou: 

"È muito tarde. 
 Não, não poderei terminar o quadro que acabei de bosquejar;
compelido por força irresistível a encetar de novo a carreira que percorri por
vinte e seis anos, quando a imaginação já está extinta, quando robustez da 
inteligência está enfraquecida por tantos esforços, quando não vejo as galas
do  santuário, e eu mesmo pareço estranho àqueles que me escutam, como
 desempenhar  esse passado tão fértil em reminiscências? Como reproduzir 
esses transportes, esse enlevo com que realcei as festas da religião e da pátria?
É tarde... É muito tarde!... Seria impossivel reconhecer um carro de triunfo neste
púlpito, que há dezoito anos é para mim um pensamento sinistro, uma recordação
aflitiva, um fantasma infenso e importuno, a pira em que arderam os meus olhos
e cujos degraus desci só e silencioso para esconder-me no retiro do claustro.
Os bardos do Tabor, os cantores de Hermon e do Sinai, batidos da tribulação,
devorados dos pesares não ouvindo mais os ecos repetirem as estrofes de seus 
cântigos nas quebradas de suas montanhas pitorescas, e escutando a voz do deserto
que levava ao longe a melodia dos seus hinos, penduravam seus alaúdes nos salgueiros 
que bordavam o rio da escravidão; e quando os homens que apreciavam as suas 
composições, quando aqueles que deleitavam com os perfumes e a beleza de suas
imagens, vinham pedir-lhes a reprodução dessas epopeias em que se perpetuavam
as memórias de seus antepassados e as maravilhas do Todo Poderoso, - eles cobriam
suas faces umedecidas de pranto, e abandonavam as cordas frouxas e desafinadas de 
seus instrumentos músicos ao vento das tempestades.
Religião divina, misteriosa e encantadora, tu que dirigiste meus passos na vereda 
escabrosa da eloquência, tu a quem devo todas as minhas inspirações, tu, minha 
estrela, minha consolação, meu único refúgio, toma esta coroa... Se dos espinhos que
a cercam rebentar alguma flor, se das silvas que a enlaçam reverdecerem algumas 
folhas, se um adorno renascer destas vergônteas já secas: - deposita-as nas mãos do 
Imperador, para que os suspenda como um trofeu sobre o altar do grande homem a 
quem ele deve o seu nome e o Brasil a proteção mais decidida. 
("Panegírico de S. Pedro Alcântara " - proferido na Capela Imperial em
 19 de outubrode 1854).