quinta-feira, 21 de agosto de 2014



FARINHA DO MESMO SACO


O sertanejo, com sua inata e peculiar sabedoria, calcada em árduas jornadas de trabalho de sol a sol, diria a respeito de coisas semelhantes, as quais se atribuam pouco valor: “é farinha do mesmo saco”. O ditado popular, agora me vem à cabeça e poderia ser repetido com propriedade, por quem - severo e contumaz - quisesse criticar Dilma Rousseff e Marina Silva. As duas, mulheres inteligentes e corajosas, nasceram no berço do Partido dos Trabalhadores (PT) e nele foram embaladas para a política partidária.
 Marina, de família pobre e humilde, foi criada nos seringais do nordeste; alfabetizada aos dezesseis anos de idade conseguiu concluir estudos de terceiro grau. Formou-se em história na Universidade Federal do Acre, especializou-se em Teoria Psicanalitica e em Psicopedagogia na Universidade de Brasília. Sempre conciliou trabalho com estudo.
 Dilma Rousseff, filha de imigrante europeu e de professora brasileira: estudante, ainda muito jovem, foi seduzida por movimento político, dito revolucionário.  Processada e condenada por subversão na época do governo militar, sofreu os rigores do cárcere.
 Dilma e Marina foram ministras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Marina Silva, Idealista, fiel às suas origens, sempre defendeu, com desmedido ardor, as causas do meio ambiente. É inflexível em suas posições. Exerceu a chefia do Ministério do Meio Ambiente, no governo Lula. Foi exonerada por adotar posição incompatível aos interesses desse governo.
 Marina e Dilma, desde aquela época, viviam às turras. Marina, mais do que teimosa, é, também, pouco agregadora, Tem sede de poder, o que pode ser constatado ao analisar sua carreira política: Não tendo vislumbrado possibilidade de assumir a direção do Partido Verde (PV), decidiu criar o próprio partido para disputar a presidência da república. Não conseguiu o registro do partido, em tempo hábil, na Justiça Eleitoral. Sempre visando ao poder, aliou-se a Eduardo Campos, do PSB Entre o ideal e o poder, ela preferiu o ultimo, deixando ao relento antigos companheiros do “REDE”, partido que ela não conseguiu registrar.
 O governo Dilma Rousseff é um desastre: Quebrou a Petrobrás e a Eletrobrás. A economia caminha em direção ao caos. A roubalheira caminha solta nas obras do PAC. Dilma, também, é pouco agregadora, pouco afeita ao diálogo, tem tido estrema dificuldade para aprovar os projetos de seu governo no Congresso Nacional. 
Conclusão: Marina Silva e Dilma Roussef, cabem  nos moldes do ditado:

“FARINHA DO MESMO SACO”!      (perwal)  21/08/2014
     

segunda-feira, 18 de agosto de 2014



“Um Negócio da China!” – 2º Capítulo.
Já que provoquei discussão a respeito da compra e venda de parte da antiga Fazenda do Glória, negócio iniciado entre a União (ufu) e o município de Uberlândia. E, agora, aproveito o gancho da professora Mônica Ribeiro que, depois de ler minhas reflexões, assim se pronunciou: “Essa venda, pelo que já vi, não é exatamente em dinheiro. Havia um projeto que a ufu cederia para o município e esse faria a infra estrutura da fazenda, para a construção do novo campos. Será que mudaram de idéia?”
Professora Monica, parece que mudaram. Não se tenha dúvida, o ideal seria a ufu devolver ao Município, tudo aquilo que deste recebeu, sem ônus para as partes.  Mas, muitos anos se passaram depois da doação da Fazenda do Gloria, efetuada pelo Município, a Universidade Federal de Uberlândia (ufu).  Esta ultima, certamente, já elaborou projetos para utilização da área, hoje objeto de disputa por pessoas que se intitulam pertencentes a movimento social dos “sem teto” e que, atrevidamente (no bom sentido) e sem nenhum pudor, invadiram tão valiosa área e nela pretendem permanecer.  O atual governo do Município pretende readquirir a questionada área pelo valor de 65 milhões e nela construir habitação popular.
Pergunta-se: Os atuais ocupantes da área seriam beneficiários, nela permanecendo? Caso afirmativo, o infrator estaria sendo injustamente beneficiado. E os atuais projetos da ufu, seriam preservados?
Sou a favor da viabilização de moradia a todos que dela necessitam. Morar em casa própria deve ser direito de todos. É fator de paz social; de segurança; e de tranqüilidade psicológica. Mas, tudo deve ser feito nos limites da ética e da lei, regentes dos atos de todo governante.(perwal 18/0814)

sábado, 16 de agosto de 2014



“UM negócio DA CHINA”...!


O jornal “Correio de Uberlândia”, edição de 14/08/2014, estampa manchete de primeira página: “UNIÃO AUTORIZA VENDA DE ÁREA DO CAMPUS DO GLÓRIA”. Relata que mencionada área, desde janeiro de 2011, foi invadida por integrantes de movimentos sociais “Sem teto”. Informa mais: “A Universidade confirma a abertura de negociação com o município para aquisição da área, que está avaliada em 65 milhões.” Segundo relato histórico, a área mencionada, já pertenceu ao Município de Uberlândia. Foi doada à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na década de l970. O Desembargador Juarez Altafin, ex-reitor da UFU, no livro de sua autoria, “PRIMEIROS TEMPOS” – “O inicio da Universidade Federal de Uberlândia”, descreve a história sobre a doação das terras da antiga Fazenda do Glória, na época pertencente ao Município de Uberlândia, ao patrimônio da Universidade Federal de Uberlândia. Depois de confessar a estratégia arquitetada para conseguir a área da Fazenda do Glória para a UFU, o professor Juarez, disse, textualmente: “A Fazenda do Glória, com uns 64 alqueires, fica nos subúrbios de Uberlândia. Recebemos a sua transmissão em sessão solene. Não pagamos nem a escritura. A Universidade de Uberlândia nela fez importantes construções. Por justa homenagem, aquele conjunto deveria ter o nome de Virgílio Galassi, pois o artifício de que usamos, levado pelo nosso dolus bonus, não diminui o valor da doação decorrente da boa vontade desse grande homem público.” (pág. 55, obra acima mencionada).
Depois de ler a reportagem do “Correio de Uberlândia” e sendo conhecedor da história da Fazenda do Glória, imaginei: Não seria o caso de a UFU devolver ao Município de Uberlândia a área que lhe foi doada, sem nenhum ônus para o Município? Penso que a UFU, ao pretender vender a mesma área ao antigo doador, seria o podemos denominar de “UM Negócio da China”...! (perwal – 16/08/2014)