domingo, 31 de janeiro de 2016







SONHO MATINAL



Linda manhã de sol depois de uma semana de céu nublado com chuva mansa. Destas que não só umedecem o solo, mas encharcam a terra num gentil convite às plantas para fincar suas raizes, penetrar o coração da terra, enquanto  crescem para depois produzirem flores e frutos. Abro a janela do meu quarto. Uma brisa leve roça as folhas do manjericão na jardineira e um suave perfume desperta meu olfato.  Meus olhos - como se fossem passageiros de um drone,  ficam pasmados sobre a copa das árvores da Praça Tubal Vilela. Minh`alma livre põe-se em estado de contemplação. O busto de Juscelino Kubitschek, esculpido em concreto ao lado da fonte luminosa é  um marco histórico admirável - lembrança das décadas 1950/1960.  Nesse instante, o sino da Catedral, ansioso por anunciar as horas, parece querer me despertar. Mas o tempo,  esta energia misteriosa que me conduziu ao presente,  agora não me induz a nenhum interesse. O tempo, ora, o tempo!  Meus olhos querem mais; minha visão busca o longe, agora está sobre o trevo da Cargil, na estrada da Martinésia. Dos prédios, só diviso telhados; das árvores, somente as copas, que neste ponto se encontram com o céu de infinito azul.  É o horizonte a cegar meus olhos, dando lugar a pensamentos  vadios e errantes a surfarem sobre nuvens de sonhos em busca do além.  (perwal -31/jan/2016)        

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016










IVONE GOMES DE ASSIS.
 Instigante o texto que deu à publicação na edição de 21/01/2016 do Correio de Uberlândia (Revista), sob o título “Evidências”. Nele, você retrata a obra “Os abutres têm fome”, do festejado jornalista-escritor, Márcio Alvarenga.  Resolveu esmiuçar e o fez com maestria, a parte intitulada “A vida dos outros”.
Análise percuciente. Preocupada com os créditos de citações.    
 Então, o que sentimos o que me vem à mente e  gostaria de dizer é que seus escritos nos fazem bem. São leves e prazerosos: crônica, crítica literária? Não saberia classificar. Estudei pouco! Vamos comparar: quando, ao ouvir um instrumentista, às vezes, indagamos: ele toca por música ou de ouvido? Parafraseando, confesso: escrevo de ouvido, desconheço a técnica literária. Mas, quando leio o que você escreve, gosto de deter-me nas palavras, soletro-as na imaginação e fico a sentir seus sons. Aprecio seus pensamentos sensatos, suas frases bem feitas. Tudo isto independe de técnica, é apenas sentimento.
 Vou citar o que mais gostei:  "Eis que surge o desejo de experimentar o novo, em busca da felicidade,”; “Arte e realidade se cruzam, descortinando a vida,  além   das evidências”. Parabéns!  (perwal)