sexta-feira, 6 de maio de 2016





M Ã E, este é o dia que escolhemos para homenageá-la.
Você é a razão do meu existir. Sei que não sou filho da solidão, mas de carinhoso e alentado sonho amoroso que a enlevou nos braços de meu pai e dileto amigo. Entretanto, você, na sua condição ímpar de mulher, conduziu-me no aconchego de seu ventre durante nove meses e acabou por transformar as dores do parto em suave alegria.  Depois, afagou-me no seu peito, deu-me leite, parte de seu próprio ser - meu primeiro alimento; embalou-me no seu colo enquanto entoava cantigas belas e puras para eu dormir.  Quando comecei a ensaiar comunicação com balbucios, você ensinou-me as primeiras palavras; conduziu meus  primeiros passos; amparou-me nas quedas. Por suas mãos fui encaminhado à Igreja, onde no convívio dos fieis e ao som de música celestial, recebi formação Cristã: bússola sempre a indicar o norte e a despertar valores: honra, liberdade, fraternidade, lealdade, amor ao próximo, os quais  guiam-me pela estrada da  vida. Incontáveis noites de vigília, com paciência e carinho, você procurou amenizar meu sofrimento por ocasião de simples resfriado; do incômodo sarampo e da irritante coqueluche! Na juventude, foram noites de aflição com minha demora na volta das noitadas. Anos depois, num dignificante gesto de desprendimento, libertou-me para o casamento ao entregar seu filho com docilidade aos carinhos de outra mulher. Mãe, neste dia de ausência material, sem que se possa esquecer que tudo nesta vida é passageiro, um sentimento maior aflora o mais íntimo do meu ser e vai muito além da saudade. Mãe, tenho plena consciência de que você é parte integrante do meu ser. Nesta data - mais do que palavras - trago-lhe flores. Rosas vermelhas que cultivei, símbolo do meu sincero e eterno amor. (perwal)




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