terça-feira, 1 de novembro de 2016












APOSENTADO MAS NÂO DESOCUPADO
 Vida: na classificação gramatical, substantivo. Energia imanente a todo ser humano. Uma chama, apenas. Viver, verbo: viva chama em ebulição. O ser vivente sempre em movimento, percorrendo uma estrada em busca de objetivos; de sonhos; do bem supremo, o ideal de todos - felicidade. Mas, já foi dito, acertadamente: O homem, um ser gregário por excelência, não consegue ser é feliz sozinho. Sua felicidade depende de seu semelhante. Na convivência social, todos nós sabemos, há deveres e direitos, sendo que estes últimos dependem do cumprimento dos primeiros. Viver é fácil. Conviver, nem tanto!
 Nesta busca, nem sempre trilhamos por caminhos configurados por retas tranqüilas que se perdem no horizonte. Vezes outras, deparamos com rotas sinuosas e ignóbeis, das quais somos compelidos a nos afastar para assegurarmos sobrevivência com dignidade. Sim, afastados da pobreza, porque esta não é virtude. Virtude é vencê-la  com dignidade cristã. Em meio à batalha, para não sucumbir, somos forçados a recuos táticos, nos contornos de uma estratégia de vida. Não me foi possível, confesso, escapar dessas condições. Sonhei ser professor, mas a luta por sobrevivência levou-me a ingressar no Ministério Público e seguir carreira de Promotor de Justiça, por mais de vinte anos. A missão de professor surgiu por natural consequência da árdua carreira no Ministério Público.

Fui um professor medíocre, confesso. Despreparado para tão sublime missão.  Não criei conhecimentos, sempre transmiti os adquiridos de mestres e doutores do Direito, em madrugadas sem fim. Muito aprendi com os acadêmicos,  meus companheiros em sala de aula. Noventa e nove por cento do meu viver, cumpri deveres. Fiz o que devia nunca o que queria.
 De algum tempo a esta data, estou a viver num pequeno mundo, mas  numa zona de conforto. Faço o que quero. “Numa boa”!   Parte do meu tempo, trabalho aqui, nesta página virtual de Face book, numa roda de amigos virtuais, onde se  entra e sai a hora que bem entender, sem protocolo rígido. A gente curte, comenta, emite opinião, tira retrato e posta na página. Vê o que quer. Curte, se quiser. Tudo em plena liberdade. Escreve, também, aproveitando ideias virtuosas ou pensamentos vadios na inesgotável fonte de nosso cérebro. Tudo sem compromisso. Importante, o que eu escrevo, sem organização, de improviso, o Face book encarrega-se de ordenar e classificar.
 Fico por aqui.   (29/10/2016)  Abraços!   (perwal)

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