terça-feira, 4 de dezembro de 2018


CREPÚSCULO

Num tempo não muito distante, o sol embriagado com sua própria luz, descamba desolado para o outro lado da terra e finge morrer no oposto do berço que o viu nascer - um lugar longe do horizonte e muito abaixo da nuvem branca que embaça o firmamento de um infinito azul.

O som dolente do berrante que embarcou na corrente de vento favorável e apeou na curva da estrada a muitos quilômetros distantes, fere o ouvido do carreiro, homem da roça - rústico e valente. E este, ao contrario de outras pessoas, sente não apenas o som rouco e abafado do instrumento de comunicação do boiadeiro. Para o homem que vive, convive e entende a linguagem do boi, animal que suporta a canga e arrasta o carro - longe de ser uma linguagem musical de comunicação - o som rouco e abafado do berrante, mais parece um gemido que penetra a alma de alguém que agoniza com o corpo ferido com espinho da caatinga, fácil de penetrar o corpo, mas para ser extraído rasga a pele para aumentar o sofrimento do sertanejo.

Crepúsculo, mudança do dia para a noite, é uma angustiante fase do tempo que oprime a alma de qualquer ser humano e com mais força e intensidade, a do homem sofrido, mas conformado do campo.  Dúvida terrível:  sonho ou realidade?

Não sei se este fato seria na imaginação um real e fantástico espetáculo de pôr do sol. Ou seria o crepúsculo, então, o verdadeiro espectro de sofrimento?
Agora, em verdade, percebo o crepúsculo como um tempo de conflito, o fim melancólico da própria vida!   
                                              (perwal)

domingo, 23 de setembro de 2018

RONDON PACHECO -  UM MODERADOR 

Natural de Uberlândia, filho de Raulino Cota Pacheco e Nicolina... Foi casado com Marina de Freitas Pacheco, filha  de Guiomar de Freitas Costa
Na sua vida publica: foi deputado estadual, deputado federal, Ministro de Estado, na qualidade de  Chefe da Casa Civil, no governo  do Gal.  Artur da Costa e Silva e  Governador do Estado de Minas Gerais. Rondon, ficou conhecido como  afilhado político do senador mineiro Milton Campos,  ex- governador do Estado de Minas Gerais e conhecido como   um democrata de primeira grandeza - campeão da Democracia. Milton Campos e Rondon, foram filiados  ao partido da  União Democrática Nacional (UDN) - de oposição aos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubstchek de Oliveira. Entretanto, Rondon Pacheco,  político hábil e inteligente,  foi, também, amigo pessoal  de Juscelino Kubitschek.
 Rondon, teve papel importante na eleição de Costa e Silva: percorreu o pais, em verdadeiro proselitismo do nome de Arthur da Costa e Silva para Presidente da Republica. Representou o Brasil por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas  (ONU), em 1965, se não me falha a memória. Foi Patrono da Turma de 1965 da Faculdade de Direito de Uberlândia - minha Turma. Rondon, naquela ocasião, ausente do país, em representação do  Brasil no Exterior, se fez presente na festa de formatura, na pessoa do professor Milton de Magalhães Porto.
  Nosso Paraninfo foi o advogado e professor, José Maria Othon Sidou, escolhido por pressão do Prof. Jacy de Assis. Othon Sidou, que fazia parte do Ministerio da Educação, foi colaborador de Dr Jacy de Assis, na campanha pelo reconhecimento da Faculdade de  Direito de Uberlândia (FDU).
 A principio, o paraninfo escolhido seria Rondon Pacheco -  dupla homenagem - porquanto, seu irmão e meu  saudoso amigo, Mauro Pacheco, fazia parte de nossa Turma. Mas, Dr Jacy queria prestar homenagem a Othon Sidou. Daí, a conciliação: Othon Sidou foi escohido parinfo e Rondon Pacheco, Patrono da Turma do Direito de 1965.
É o que temos, de memória, para o almoço.
(Perwal - 23/09/2018)