segunda-feira, 29 de outubro de 2012



P A L H A Ç O
 O mundo é um circo.

Nós, seres humanos viventes e pensantes, somos seus atores ou, na maioria das vezes, simples aprendizes. Fazemos parte do elenco: vivemos no circo, do circo e para o circo. Para ser sincero, imagino-me  no circo, espécie de teatro ambulante. Hoje quase extinto, mas, outrora, encantava a molecada de pequenas cidades do interior. Participamos de um elenco de malabaristas, mágicos, divas, bailarinas e trapezistas.Eu sou o palhaço, o faz-tudo do circo: da propaganda ao riso da plateia, com suas peripécias; na rua, de cara pintada, está o palhaço à frente da molecada com tinta na testa para garantir entrada no circo e assistir ao espetáculo. Seguem o palhaço pelas ruas ao rufar de tambores e ele - o palhaço- no comando, a indagar: Hoje tem, hoje tem? E a resposta em coro da molecada: - Tem sim sinhô! Hoje espetáculo? Tem sim sinhô! Hoje tem marmelada? - Tem sim sinhô! Hoje tem goiabada? - Tem sim sinhô! - O palhaço que é? - É ladrão de muiê!

À noite,  circo lotado.  A plateia vive grandes emoções; desopila o fígado às gargalhadas, provocadas pelo palhaço.
É assim o espetáculo da vida.
Mas, há ocasiões em que o palhaço, artífice da alegria - risos e gargalhadas -  sente-se frustrado.
Fim de noite, após a última sessão de um espetáculo medíocre, ele recolhe-se cabisbaixo ao camarim à meia-luz, depois de uma comédia ridícula e sem graça: CHORA COPIOSAMENTE...!!! (perwal)

    segunda-feira, 22 de outubro de 2012



    ESCREVER

    Gosto de escrever para manifestar tudo aquilo que penso. Ás vezes, resultado de sofrimento. Não escrevo para expulsar sentimentos de tristeza e despertar compaixão. Se assim fizesse, escreveria prá ninguém! Aquilo que manifesto,gostaria que as pessoas recebessem como alento de um coração que pulsa; como flores que enfeitam a vida, ou - para ser ser mais incisivo - como rosas vermelhas e orvalhadas das manhãs de maio, mês do meu encantamento.

    domingo, 14 de outubro de 2012

    Uberlândia - cidade Jardim Cidade de Todos



    UBERLÃNDIA - CIDADE  JARDIM  - CIDADADE -  DE TODOS

     


    Na vida há fatos que ficam hibernados na memória, outros morrem nas trevas do esquecimento. Os primeiros, por algum motivo, um dia despertam. Às vezes, quando relembrados,eles aparecem numa seqüência lógica. Outras vezes, lembramos apenas de fragmentos de fatos que sucederam em determinada época. A última hipótese é a que acontece com os fatos a seguir narrados.

    Minha família (meu pai, minha mãe, e meus quatro irmãos) migrou de Patrocínio-Mg para Uberlândia, no início da década de l940, com intenção de aqui permanecer.  Numa tarde de sol, desembarcamos da jardineira do senhor Francisco Merola, na Praça Tubal Vilela e fomos morar na Rua Benjamin Constant, Vila Operária. Durante o dia, do meio da rua, a gente avistava a torre da Matriz de Santa Terezinha e podia  ouvir as badaladas do sino a anunciar o tempo -  de hora em hora. E, vez por outra, badaladas,em sons e tons diferentes, davam notícia de eventos importantes que ocorriam na cidade. Em época de chuva, a rua era alagada por enormes poças d`a gua e à noite ouvia-se o coaxar de sapos que proliferavam naquelas águas. A rua, pouco iluminada, proporcionava o espetáculo de um céu repleto de estrelas.
    De madrugada, o cantar intermitente de galos da vizinhança despertava as pessoas para o trabalho. Ao alvorecer, a passarada cruzava o céu em alegre revoada, a procura de alimento. Vez por outra, boiadas tangidas por boiadeiros a cavalo, passavam pela rua com destino ao matadouro.

       Cidade de porte médio em relação às demais, com 40.000 habitantes, Uberlândia destacava-se de outras da região do Triângulo Mineiro pela facilidade de oferecer ocupação como meio de vida aos seus habitantes, proporcionada pelo empreendedorismo de seus homens de negócios. Vicejavam as atividades de agropecuária, de uma indústria ainda incipiente, e um ativo comércio local e com a região.

      Na boca do sertão e servida por estrada de ferro para transporte de carga e passageiros, desde o final do século XIX, ficava aqui configurada uma região estratégica. A Companhia Mogiana de Estrada de Ferro chegou a Uberlândia em 1896, com destino a Araguari, para fazer a ligação de Campinas-SP, com centro-oeste do Brasil.
     Quando aqui chegamos, lembro-me bem, Uberlândia já contava com transporte aéreo de passageiros explorado pela Vasp (Viação Aérea São Paulo), que fazia rota São Paulo-Goiânia, passando por Uberaba, Uberlândia e Araguari.

     Na época, minhas primas trabalhavam numa fábrica de fósforos, se bem informado, de propriedade de Tubal Vilela da Silva. A marca dos fósforos era “Indubrasil” e “Xavante”. Diziam, à boca pequena, que a indústria não vingou porque a concorrência colocava as caixas de fósforos na geladeira para inibir a combustão. Anteriormente, já havia se instalado aqui, uma fábrica de tecidos, conforme relato de Oscar Virgilio Pereira, na consagrada obra: “DAS SESMARIAS AO POLO URBANO”.

     Com o desenvolvimento da indústria automobilística, promissor comércio atacadista aumentava dia-a dia, com Goiás e Mato Grosso. Vias de comunicação terrestres foram abertas por camioneiros uberlandenses com os pneus de seus veículos, em inédito e notável pioneirismo dos motoristas de caminhões.

    Uberlândia, por muito tempo, ostentou o título de “Cidade Jardim” e também a fama de “cidade grande” o que nunca foi desmentido ou contestado por seus habitantes. Estes, aliás, quando fora da cidade, vaziam rasgados elogios à cidade onde viviam. Mas, isto também, servia de pretexto para seus detratores dizerem que em Uberlândia até os desastres eram maiores do que em outros lugares.
    O certo é que Uberlândia sempre estendeu seus braços acolhedores àqueles que aqui aportam. Fato que justifica seu rápido crescimento populacional e o invejável desenvolvimento de seu povo.

    A primeira metade dos anos de 1940 foi marcada pela 2ª Guerra Mundial e pela Ditadura Vargas. Uberlândia não deixou de sofrer a influência desses dois eventos. O Brasil, ao ter navios de sua frota mercante afundados por alemães foi compelido a participar da guerra ao lado dos Estados Unidos da América. Jovens uberlandenses foram convocados e participaram de combates nos campos de batalha em solo italiano. Ao término da pugna, os jovens soldados uberlandenses, foram recebidos em festa como heróis nacionais.

    Sob o impacto do “Estado Novo”, Uberlândia teve prefeitos nomeados: Dr. Euclides de Freitas, Vasco Gifone e José Antônio de Vasconcelos Costa. Este último granjeou grande popularidade por ser bom administrador e hábil político.
     Nova Carta Constitucional foi promulgada em 1946 e nela, instituído o regime democrático de governo. Em 1948 tivemos o primeiro prefeito escolhido pelo povo, José Fonseca e Silva, que governou até 1950. Em seguida, foram eleitos os prefeitos Tubal Vilela da Silva e Afrânio Rodrigues da Cunha. Uberlândia, nos anos de l950, experimentou grande desenvolvimento impulsionada pela criação de Brasília por Juscelino Kubstchek de Oliveira.

    Em l959, sob a orientação e direção do advogado e professor Jacy de Assis, foi instalado o Curso de Direito da Faculdade de Direito de Uberlândia, - idéia de Homero Santos.  Outras Escolas Superiores vieram a seguir. E, para emancipar a cidade na área do ensino superior, foi criada, com o esforço e dedicação de uma plêiade de uberlandenses, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).O professor Juarez Altafin in “Primeiros Tempos”, obra de sua autoria, discorre sobre o processo de criação da UFU 
    (perwal Agosto/2015)







    sexta-feira, 12 de outubro de 2012



    GILMAR MACHADO, NOVO PREFEITO DE UBERLÃNDIA!

    Parabéns, Gilmar. Espero que você estenda a mão aos adversários e governe Uberlândia com o povo e para o povo.

    domingo, 7 de outubro de 2012


    Cantada à moda antiga: " O cachorrinho tem telefone?"
    Cantada moderninha: O E-mail do Totó?
    Resposta indignada: p.q.o pariu@.com.br
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    segunda-feira, 1 de outubro de 2012



    O cego não distingue luz e escuridão porque não tem capacidade visual.Na rede social virtual, quando  as pessoas não  se dispõem  a mostrar sua imagem, não somos capazes de ver a cor de seus olhos, cabelos, pele e formato do rosto. Mas, quanto a pessoa, generosamente, se expõe pela expressão da palavra escrita, ela nos dá oportunidade de conhecê-la, não fisicamente, mas o seu interior. A palavra tem significado,dimensão, cor, brilho e até  sabor. E, quando encadeada com outras palavras forma pensamentos e produz sons agradáveis aos nossos ouvidos, diz-se que é poesia. Encontro-me, em relação à  minha amiga ANGELA MERCEDES MERCEDES, na condição de cego.Não saberia distinguir seu rosto e a expressão de seu olhar. Mas posso afirmar com segurança que ela é pessoa generosa, cordilal, alegre e comunicativa. É O MILAGRE DA PALAVRA!