quarta-feira, 10 de julho de 2013


LIBERDADE E POESIA (perwal - 09/07/2013)



Canto pouco alegria, muito amargura
Temas de iniciante que da vida faz parte.
Pensamento ingênuo, ideia insegura
O que escrevo não é poesia nem arte.

Frases sem cadeias, ideias soltas
Liberdade pra alma desnudar
Um mar imenso, águas revoltas
Liberdade: sonhar, sonhar, sonhar!

Tentei cantar alegrias do meu tempo:
Brisa a beijar o rosto, a chuva, o sol
Mas, igual nuvens ao sabor do vento
Cantei toda a angústia ao arrebol.

Os poetas esgotaram tema e rima
Não quero nenhum assunto repetido
Vida árida de subida morro acima
Anseio por mais liberdade - nova vida!

Um comentário:

  1. VELHICE,
    o ultimo estagio da vida. E como é difícil chegar a ele - uma verdadeira guerra: o nascimento com vida e começa a primeira batalha, que acontece na infância. Nesta fase somos inteiramente dependentes daqueles dos quais somos fruto, nossos pais. Mas, a mãe é a maior responsável por nossa vida. Via de regra, somos concebidos de uma relação amorosa, salvo o fruto espúrio de uma relação solitária, que pode acontecer entre homem e mulher. Acolhidos no ventre de nossa mãe desde a concepção, ali vivemos durante nove meses, até o nascimento.
    De nossa mãe, desfrutamos o primeiro alimento: o leite sugado de seus seios. Deste contato tão íntimo, mas agora exterior ao corpo de nossa genitora, desperta o afeto como forma mais intima e primitiva do amor.
    A preocupação com a higiene para preservação da vida; os cuidados com o umbigo, agora exposto ao mundo exterior e passível de contrair infecção.
    O balbucio de sons, arremedo das primeiras palavras, na tentativa de estabelecer diálogo, tão necessário para integração com as pessoas de nossa família, da sociedade e com o mundo. Tudo se dá na intimidade com nossa mãe.
    As vacinas: sarampo, rubéola, varíola, tuberculose, coqueluche, paralisia infantil, febre amarela e tantas outras.
    Na fase da meninice, depois de passar pela creche, o que não acontece em se tratando família pobre, ocorre o convívio fora de casa com outras pessoas: a professora, na escola, passa a figurar como nossa segunda mãe. É o começo de nossa adaptação com o mundo social fora da família.
    Agora, dou-me conta de que para falar sobre velhice não é necessário rodeios e começar antes mesmo da concepção do ser humano.
    Velhice, muito longe de ser a melhor idade: nem sempre ágil é o raciocínio; andar trôpego e vacilante; sulcos num rosto murcho e assimétrico, são as marcas indeléveis deixadas pelo tempo. Certo dia surpreendi-me pensando que a velhice é indecente e indecorosa. Pura maldade, né?
    Velhice é apenas o fim de uma estrada sem volta - penso!
    (perwal)

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