FASCINAÇÃO DA VERDADE
Verdade é “o que está de
acordo com o real; exatidão; sinceridade”, (mini Houaiss). Verdade é fruto de
formulação do cérebro de cada pessoa. Então, podemos afirmar que cada um de nós,
tem a sua verdade, resultado de entendimento do nosso cérebro sobre fatos. A
verdade, na medida em que precisa ser apresentada, jorra da cabeça do ser
humano aos borbotões, de forma espontânea, semelhante à fonte de água
cristalina. A seu respeito, já se disse: é algo fascinante, Independe de
esforço, de raciocínio; é dinâmica, está sempre a mudar, de acordo o tempo e
com o resultado de novas descobertas científicas. Hoje, um fato tido como verdade, amanhã pode
não se apresentar como verdadeiro.
Nos tribunais, verdade e mentira, são fatos
sempre confrontados. O último é uma estória. Não passa de ficção formulada pela
cabeça do mentiroso. E sendo formulação da mente humana, cada vez que a mentira
é narrada tem-se dificuldade de retratá-la com fidelidade. Ela não desponta do
cérebro humano com a mesma facilidade de fatos verdadeiros. Nos tribunais, a
realização da justiça depende sempre da descoberta da verdade que se manifesta
por palavras e textos escritos. A verdade, quando depende de manifestação por testemunha,
nem sempre aparece - ‘‘é a prostituta
das provas”. E quando ela não aparece dá margem à injustiça – salvo em caso de absolvição do
réu.
No Brasil, a condenação dos irmãos Naves,
tornou-se fato histórico muito doloroso. Lamentável erro judiciário cometido
pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, ao julgar, em grau de
apelação, pseudo fato criminoso que teria ocorrido em Araguari-Mg. Caso no qual a verdade ficou oculta por muitos
anos. Daí, o provérbio: “É melhor um bandido na rua do que um inocente na
cadeia”. Verdade?
É o que temos para hoje! (perwal)