segunda-feira, 29 de outubro de 2012



P A L H A Ç O
 O mundo é um circo.

Nós, seres humanos viventes e pensantes, somos seus atores ou, na maioria das vezes, simples aprendizes. Fazemos parte do elenco: vivemos no circo, do circo e para o circo. Para ser sincero, imagino-me  no circo, espécie de teatro ambulante. Hoje quase extinto, mas, outrora, encantava a molecada de pequenas cidades do interior. Participamos de um elenco de malabaristas, mágicos, divas, bailarinas e trapezistas.Eu sou o palhaço, o faz-tudo do circo: da propaganda ao riso da plateia, com suas peripécias; na rua, de cara pintada, está o palhaço à frente da molecada com tinta na testa para garantir entrada no circo e assistir ao espetáculo. Seguem o palhaço pelas ruas ao rufar de tambores e ele - o palhaço- no comando, a indagar: Hoje tem, hoje tem? E a resposta em coro da molecada: - Tem sim sinhô! Hoje espetáculo? Tem sim sinhô! Hoje tem marmelada? - Tem sim sinhô! Hoje tem goiabada? - Tem sim sinhô! - O palhaço que é? - É ladrão de muiê!

À noite,  circo lotado.  A plateia vive grandes emoções; desopila o fígado às gargalhadas, provocadas pelo palhaço.
É assim o espetáculo da vida.
Mas, há ocasiões em que o palhaço, artífice da alegria - risos e gargalhadas -  sente-se frustrado.
Fim de noite, após a última sessão de um espetáculo medíocre, ele recolhe-se cabisbaixo ao camarim à meia-luz, depois de uma comédia ridícula e sem graça: CHORA COPIOSAMENTE...!!! (perwal)

    segunda-feira, 22 de outubro de 2012



    ESCREVER

    Gosto de escrever para manifestar tudo aquilo que penso. Ás vezes, resultado de sofrimento. Não escrevo para expulsar sentimentos de tristeza e despertar compaixão. Se assim fizesse, escreveria prá ninguém! Aquilo que manifesto,gostaria que as pessoas recebessem como alento de um coração que pulsa; como flores que enfeitam a vida, ou - para ser ser mais incisivo - como rosas vermelhas e orvalhadas das manhãs de maio, mês do meu encantamento.

    domingo, 14 de outubro de 2012

    Uberlândia - cidade Jardim Cidade de Todos



    UBERLÃNDIA - CIDADE  JARDIM  - CIDADADE -  DE TODOS

     


    Na vida há fatos que ficam hibernados na memória, outros morrem nas trevas do esquecimento. Os primeiros, por algum motivo, um dia despertam. Às vezes, quando relembrados,eles aparecem numa seqüência lógica. Outras vezes, lembramos apenas de fragmentos de fatos que sucederam em determinada época. A última hipótese é a que acontece com os fatos a seguir narrados.

    Minha família (meu pai, minha mãe, e meus quatro irmãos) migrou de Patrocínio-Mg para Uberlândia, no início da década de l940, com intenção de aqui permanecer.  Numa tarde de sol, desembarcamos da jardineira do senhor Francisco Merola, na Praça Tubal Vilela e fomos morar na Rua Benjamin Constant, Vila Operária. Durante o dia, do meio da rua, a gente avistava a torre da Matriz de Santa Terezinha e podia  ouvir as badaladas do sino a anunciar o tempo -  de hora em hora. E, vez por outra, badaladas,em sons e tons diferentes, davam notícia de eventos importantes que ocorriam na cidade. Em época de chuva, a rua era alagada por enormes poças d`a gua e à noite ouvia-se o coaxar de sapos que proliferavam naquelas águas. A rua, pouco iluminada, proporcionava o espetáculo de um céu repleto de estrelas.
    De madrugada, o cantar intermitente de galos da vizinhança despertava as pessoas para o trabalho. Ao alvorecer, a passarada cruzava o céu em alegre revoada, a procura de alimento. Vez por outra, boiadas tangidas por boiadeiros a cavalo, passavam pela rua com destino ao matadouro.

       Cidade de porte médio em relação às demais, com 40.000 habitantes, Uberlândia destacava-se de outras da região do Triângulo Mineiro pela facilidade de oferecer ocupação como meio de vida aos seus habitantes, proporcionada pelo empreendedorismo de seus homens de negócios. Vicejavam as atividades de agropecuária, de uma indústria ainda incipiente, e um ativo comércio local e com a região.

      Na boca do sertão e servida por estrada de ferro para transporte de carga e passageiros, desde o final do século XIX, ficava aqui configurada uma região estratégica. A Companhia Mogiana de Estrada de Ferro chegou a Uberlândia em 1896, com destino a Araguari, para fazer a ligação de Campinas-SP, com centro-oeste do Brasil.
     Quando aqui chegamos, lembro-me bem, Uberlândia já contava com transporte aéreo de passageiros explorado pela Vasp (Viação Aérea São Paulo), que fazia rota São Paulo-Goiânia, passando por Uberaba, Uberlândia e Araguari.

     Na época, minhas primas trabalhavam numa fábrica de fósforos, se bem informado, de propriedade de Tubal Vilela da Silva. A marca dos fósforos era “Indubrasil” e “Xavante”. Diziam, à boca pequena, que a indústria não vingou porque a concorrência colocava as caixas de fósforos na geladeira para inibir a combustão. Anteriormente, já havia se instalado aqui, uma fábrica de tecidos, conforme relato de Oscar Virgilio Pereira, na consagrada obra: “DAS SESMARIAS AO POLO URBANO”.

     Com o desenvolvimento da indústria automobilística, promissor comércio atacadista aumentava dia-a dia, com Goiás e Mato Grosso. Vias de comunicação terrestres foram abertas por camioneiros uberlandenses com os pneus de seus veículos, em inédito e notável pioneirismo dos motoristas de caminhões.

    Uberlândia, por muito tempo, ostentou o título de “Cidade Jardim” e também a fama de “cidade grande” o que nunca foi desmentido ou contestado por seus habitantes. Estes, aliás, quando fora da cidade, vaziam rasgados elogios à cidade onde viviam. Mas, isto também, servia de pretexto para seus detratores dizerem que em Uberlândia até os desastres eram maiores do que em outros lugares.
    O certo é que Uberlândia sempre estendeu seus braços acolhedores àqueles que aqui aportam. Fato que justifica seu rápido crescimento populacional e o invejável desenvolvimento de seu povo.

    A primeira metade dos anos de 1940 foi marcada pela 2ª Guerra Mundial e pela Ditadura Vargas. Uberlândia não deixou de sofrer a influência desses dois eventos. O Brasil, ao ter navios de sua frota mercante afundados por alemães foi compelido a participar da guerra ao lado dos Estados Unidos da América. Jovens uberlandenses foram convocados e participaram de combates nos campos de batalha em solo italiano. Ao término da pugna, os jovens soldados uberlandenses, foram recebidos em festa como heróis nacionais.

    Sob o impacto do “Estado Novo”, Uberlândia teve prefeitos nomeados: Dr. Euclides de Freitas, Vasco Gifone e José Antônio de Vasconcelos Costa. Este último granjeou grande popularidade por ser bom administrador e hábil político.
     Nova Carta Constitucional foi promulgada em 1946 e nela, instituído o regime democrático de governo. Em 1948 tivemos o primeiro prefeito escolhido pelo povo, José Fonseca e Silva, que governou até 1950. Em seguida, foram eleitos os prefeitos Tubal Vilela da Silva e Afrânio Rodrigues da Cunha. Uberlândia, nos anos de l950, experimentou grande desenvolvimento impulsionada pela criação de Brasília por Juscelino Kubstchek de Oliveira.

    Em l959, sob a orientação e direção do advogado e professor Jacy de Assis, foi instalado o Curso de Direito da Faculdade de Direito de Uberlândia, - idéia de Homero Santos.  Outras Escolas Superiores vieram a seguir. E, para emancipar a cidade na área do ensino superior, foi criada, com o esforço e dedicação de uma plêiade de uberlandenses, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).O professor Juarez Altafin in “Primeiros Tempos”, obra de sua autoria, discorre sobre o processo de criação da UFU 
    (perwal Agosto/2015)







    sexta-feira, 12 de outubro de 2012



    GILMAR MACHADO, NOVO PREFEITO DE UBERLÃNDIA!

    Parabéns, Gilmar. Espero que você estenda a mão aos adversários e governe Uberlândia com o povo e para o povo.

    domingo, 7 de outubro de 2012


    Cantada à moda antiga: " O cachorrinho tem telefone?"
    Cantada moderninha: O E-mail do Totó?
    Resposta indignada: p.q.o pariu@.com.br
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    segunda-feira, 1 de outubro de 2012



    O cego não distingue luz e escuridão porque não tem capacidade visual.Na rede social virtual, quando  as pessoas não  se dispõem  a mostrar sua imagem, não somos capazes de ver a cor de seus olhos, cabelos, pele e formato do rosto. Mas, quanto a pessoa, generosamente, se expõe pela expressão da palavra escrita, ela nos dá oportunidade de conhecê-la, não fisicamente, mas o seu interior. A palavra tem significado,dimensão, cor, brilho e até  sabor. E, quando encadeada com outras palavras forma pensamentos e produz sons agradáveis aos nossos ouvidos, diz-se que é poesia. Encontro-me, em relação à  minha amiga ANGELA MERCEDES MERCEDES, na condição de cego.Não saberia distinguir seu rosto e a expressão de seu olhar. Mas posso afirmar com segurança que ela é pessoa generosa, cordilal, alegre e comunicativa. É O MILAGRE DA PALAVRA!

    quarta-feira, 26 de setembro de 2012



    DIOGO MAINARDI E FERREIRA GULLAR SÃOS OS “CARAS”!


    O primeiro jornalista e escritor; o segundo escritor e poeta. Dois “caras” que eu conhecia superficialmente e que pelo que escreveram, agora tive oportunidade de conhecê-los melhor e dar o valor que cada um merece por tudo aquilo que puseram no papel.
    De Diogo Mainardi, sempre tentei ler suas crônicas, que escrevia na revista “Veja”. Mas sempre sentia suas críticas agudas como espinho de caatinga, que não se conforma apenas em ferir e quando ele fere e você tenta retira-lo, ele fere e rasga a pele para aumentar o sofrimento.
    Nas ultimas semanas, li de Diogo Mainardi o livro “A Queda” no qual o escritor relata em linguagem crua e pungente a vida de seu primogênito Tito, que nasceu em Veneza, Itália, com paralisia cerebral. O pai tem acompanhado - par e passo - o desenvolvimento da vida de seu filho, vítima de lamentável erro médico. Vale a pena ler.

    Mas, nesta assentada, gostaria de falar sobre a ultima entrevista de Ferreira Gullar que li nas páginas amarelas da revista “Veja”, edição 2288, de 26/09/2012. Sempre vi em Ferreira Gullar um homem feio para os padrões de beleza ocidental. Alto, magrela, rosto comprido, enrugado. Cabelos brancos e compridos. As sobrancelhas grossas escondem olhos pequenos e as mandíbulas salientes, o rosto encovado. Se não fosse maldade, poderíamos comparar seu rosto enrugado, com rosto hidratado de uma múmia.

     Mas, Ferreira Gullar supre a feiúra (se é que existe), com vantagem, por notável beleza interior. Nobreza de caráter, dignidade, lealdade, desprendimento.
     Na entrevista ele se desnuda inteiramente. Fala de ideologia política, do capitalismo desvairado do século XIX e do fracasso do socialismo comunista. Expõe sua vida familiar com generosidade, realçada pela inteligência, cultura e erudição.

     A primeira pergunta da entrevista termina com uma questão intrigante: ... “Como se deu sua desilusão com a utopia comunista”? Ferreira Gullar, responde: “Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional.”. Ele continua: ...”O socialismo fracassou”... O fracasso do sistema foi interno “....”Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem ao contrário”
    .Em seguida, ele responde a pergunta: “Por que o capitalismo venceu?” O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável”. Fala sobre a revolta das pessoas contra aquele tipo de capitalismo. Cita o Manifesto Comunista de Marx, de l848. A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, “tudo isso fez melhorar a relação capital e trabalho.”
    . Esqueceu-se, entretanto, de mencionar a doutrina social da Igreja Católica, as Encíclicas, principalmente a Rerum Novarum, de Leão XIII, sobre a condição de vida dos trabalhadores e prega a conciliação entre capital e trabalho.
     Na época do Manifesto Comunista, já tínhamos mais de mil anos de mil anos de doutrina Cristã. A influência do Cristianismo para que o mundo descartasse a insinuante doutrina comunista e aproximasse as relações entre patrões e empregados - não se tenha dúvida - foram decisivos para a humanização do capitalismo. Mas, Ferreira Gullar, conclui sua resposta, de forma magistral: “O socialismo foi um sonho maravilhoso uma realidade inventada que tinha como objetivo criar uma sociedade melhor”.
    “O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível.”

    Quando responde sobre sua vida familiar, fala da aflição que o possiu quando seu filho Paulo desapareceu em Buenos Aires, por ocasião de seu exílio. Lembra do misto de frustração e alegria ao reencontrar o filho numa prisão. Fala também das crises psicóticas quando Paulo entrava em surto e tomado por alucinação, quebrava tudo que via pela frente.
    Finalmente, responde sobre poesia e fala da necessidade de inspiração para escrever: “poesia não nasce da vontade da gente, ela nasce do espanto, de alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia. Só escrevo assim. Se estou na praia, lembro meu filho que morreu. Ele via aquele mar, aquela paisagem. Hoje estou vendo por ele. Ai começo um poema... Os mortos vêem o mundo pelos olhos dos vivos.”
     
    Se Barack Obama tivesse o privilégio de ler Ferreira Gullar, penso que certamente repetiria o que disse a Lula: “Você é o Cara”.  (perwal, 28/09/2012).

    sexta-feira, 21 de setembro de 2012

    É PIMAVERA

    Tarde emburrada.

    Talvez pela falta de sol.

    A natureza inda não percebeu que é primavera !


    quarta-feira, 19 de setembro de 2012



     Penso no 45.
    Não como simples número mas como síntese de idéias, um caminho seguro a seguir rumo ao bem comum. Não consigo vê-lo numa unica pessoa ou num grupo, vejo-o como ideal de um povo que raciocina e não como massa inerme, fácil de ser manipulada, objeto de manobra.Sou 45, ele é o meu universo.
    Jornal “Correio de Uberlândia


    A coluna “Opinião” do jornalista Ivan Santos, leio com assiduidade. Nela chama a atenção a atualidade de temas, a capacidade de síntese, linguajar fácil, escorreito e, às vezes, uma fina ironia de seu autor, que não machuca. Tudo como manda o bom jornalismo.

    Na edição de 15/set/12, despertou-me curiosidade o tema: “Máximo besteirol moderno”, que enfoca a ojeriza de um pequeno grupo de pessoas dito de ações proativas, que tudo contesta, na tentativa de punir o passado projetado pela historia.
    Com deliberada vontade de destruir o que é historia na literatura brasileira, investe contra a obra literária do grande nacionalista, de Monteiro Lobato.

    Será que o consagrado escritor, ao colocar na boca da personagem Tia Anastácia a expressão “macaca de carvão”, tinha a intenção de discriminar? Penso que não. Acredito que o festejado escritor usou termo - corriqueiro na época - por força de expressão, sem intuito de ofender.

    Aqui, neste Brasil tupiniquim e alhures (EUA), está em moda uma espécie de caça às bruxas protagonizada por uma minoria raivosa que, sem atividade dignificante, quer vingar o passado com a eliminação de expressões em obras literárias, retirada de nomes históricos de logradouros públicos, retratos de paredes e, até mesmo, o crucifixo colocado na parede principal do Supremo Tribunal Federal (STF) ao lado do brasão da republica. Por que incomodar-se tanto com o passado projetado aos nossos dias pela história?
      Concordo com o título da coluna “opinião”, de Ivan Santos: “Máximo besteirol moderno”.
    (perwal, 19/092012)

    domingo, 2 de setembro de 2012

    quarta-feira, 29 de agosto de 2012


    CENA DE RUA


    A família (pai, mãe e filho) estava parada em volta do carro, com o porta-malas aberto.
     O garoto, que regulava quatro anos, agarrava na saia da mãe e choramingava. Depois começou a sapatear, dava pulinhos, como se estivesse em cima de um formigueiro. O choro, a princípio manhoso, tornou-se compulsivo. Eu, que passava por perto me detive a observar a cena. Não me contive e gritei para a mulher que parecia ser a mãe: - VAI ENGOLIR O FÔLEGO! O menino arregalou os olhos e parou de chorar. – Era birra, mesmo! (Perwal, agosto/2011)

    ETERNIDADE - ETERNITUDE


    Para sempre eu não gostaria de ser, mesmo porque não conseguiria sê-lo.
    Esta energia virtual e misteriosa inerente aos fatos, esta força estranha
    que me trouxe de um etéreo mundo no enlevo amoroso de meus pais
    há de me levar para o amanhã que não será eterno .
    Um dia, certamente, ela se encarregará de inibir minhas idéias, de embaciar
    meus ohos, de tornar moucos os meus ouvidos; de desarticular meus passos;
    de desagegar meus órgãos; de destruir minhas células e de provocar o caos.
     E, enfim, me tombará.
    Assim, num incerto dia, meu corpo  - que já não será meu -  cairá inerte. Então alguém, num caridoso gesto,  se encarregará de baixar meus restos, que já não serão meus, numa rasa cova.
    Ainda assim, eu viverei enquanto minha imagem, em pálida recordação, aflorar no pensamento de alguém e as idéias que foram minhas sobreviverem nalguma página.
    Mas, se algum dia, pela vontade de alguém que dela tiver a posse, por descuido ou por deliberada ação destrui-la, ai, sim, penso que estarei morto para este mundo, mas passarei a viver em outra dimensão.
    Udi,jun/12/2011 (perwal)

    DILEMA

    Penso que o tempo não existe.
    Por isso não se pode afirmar que ele passa.
    Os fatos sim, estes ficam para trás, nas trevas do esquecimento ou, às vezes, no silencio da memória até desaparecerem completa e definitivamente.
    Assim, outros eventos surgem, mas logo também se vão ou ficam arquivados e passam a existir somente na memória.  Ocasionalmente, ressurgem em forma de lembrança tênue.
    Quando essa lembrança abrolha carregada de emoção, diz-se que é saudade.
    Mas o tempo não existe, o que existe são os fatos e sua lembrança que persiste.
    Então, o que o tempo? Seria energia inerente aos fatos?  Suponho que nem energia poderia ser. Energia é algo material, sensível e se é material, existe!
    O tempo é apenas ficção. O que existe são os fatos que nos faz lembrar o tempo. Mas, se este não existe como lembra-lo?
    Por mais que se queira, impossível lembrar o tempo. Objeto de lembrança são os fatos, pois o tempo não existe. Se o tempo existir pudesse seria em forma de energia que nos trouxe do passado e nos conduzirá ao futuro.
    Mas, se energia fosse, seria palpável, sensível, existiria e tudo o que existe se transforma, morre. Mas o tempo não morre, portanto, não existe. O que existe são os fatos. Quando naturais, apenas acontecem, quando produzidos, ditos humanos.
    Nem mesmo como ficção o tempo poderia existir porque ficção é formulação da nossa mente, é energia, portanto é fato!
    O tempo não existe, penso...!

    Udi, agosto/14.   Walter pereira

    PALAVRAS AO SILÊNCIO

     Palavras ao silêncio - que desperta sonhos, fantasias
    e dá vida:
    ao murmúrio das águas calmas que deslizam por planícies verdejantes;
    ao fragor de águas encachoeiradas que despencam montanha abaixo e colidem com a rocha bruta que sobressai ao lago que as recolhem no seu leito para embalar o sonho de casais românticos;
    ao acalanto da brisa suave das manhãs de maio a roçar meu rosto;
    ao sussurro de voz ao meu ouvido em silente declaração de amor;
    aos sons acordados que despertam melodias que se eternizam;
    ao murmúrio de folhas do outono, soltas a dançar, ao sabor do vento.
    Mas se ele tivesse cor, seria:
    o vermelho encarnado a desencadear paixão;
    o suave da rosa perfumada a despertar amor;
    o roxo do cravo a representar tristeza;
    o lilás, a trazer melancolia;
    o azul, a solidão;
    o branco, a paz.
    Mas, o silêncio é só silêncio... Só!

    Uberlândia, 18/04/2012
    Perwal

    quarta-feira, 8 de agosto de 2012

    ECOS DA CONVENÇÃO DO PSDB DE UBERLÃNDIA-MG


    Na noite de 02/07/2012, O Diretório Municipal do Partido da Social Democracia (PSDB), reuniu-se em convenção para cumprir mais um ato do processo democrático que se desenvolve nesta cidade e que tem por objetivo a eleição dos membros do Parlamento Municipal e do futuro Prefeito de Município. Depois de longos debates que vinham ocorrendo há tempos sobre a viabilidade de nomes apresentados para concorrer ao cargo de Prefeito de Uberlândia, o escolhido e aclamado foi o de Luiz Humberto Carneiro.

     Em verdade, tivemos uma noite de gala em Uberlândia. Nessa ocasião, fomos honrados com as presenças ilustres de Antonio Anastásia, governador do Estado de Minas Gerais; e de Aécio Neves, Senador da República pelo Estado de Minas. As presenças de Anastásia e de Aécio na convenção do PSDB de Uberlândia - cidade encantadora, uma das cidades mais importantes do Estado de Minas e do Brasil, Terra onde se respira patriotismo e se comunga princípios autênticos de democracia - mais do que  motivo de justo orgulho para os  convencionais, revelaram a magnitude e importância de Uberlândia no cenário nacional.

     Esta convenção nos lembra também a continuidade da campanha para escolha do futuro presente do Brasil. No cenário da pugna democrática que se avizinha, o nome de Aécio Neves desponta como estrela de primeira grandeza e, nas urnas, já se revela vitorioso.

    Daí, a responsabilidade que assumimos, na memorável convenção do PSDB, de elegermos Luiz Humberto Carneiro Prefeito de Uberlândia. Ele dará continuidade ao bem sucedido projeto de governo ora em desenvolvimento pelo prefeito Odelmo Leão Carneiro e será, com certeza, importante ponto de apoio à candidatura de Aécio Neves ao cargo de Presidente da República.

    quarta-feira, 18 de julho de 2012


    RAZÕES PARA VOTAR LUIZ HUMBERTO CARNEIRO:


    1ª) - Homem público honesto, de conduta ilibada;

    2ª)-Empresário rural bem sucedido; Ex-presidente do Sindicato Rural de Uberlândia; ex-Secretário de Agropecuária e Abastecimento do Município de Uberlândia; Deputado Estadual, ex-Líder do Governo Anastásia, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais;

    3ª) - Dará prosseguimento ao vitorioso projeto administrativo de Odelmo Leão;

    4ª) - Posição privilegiada junto ao Governo de Minas Gerais;


    O QUE PRETENDE FAZER


    Nas entrevistas concedidas ao jornal “O Correio”, (28/12/2011 e 12072012), Luiz Humberto Carneiro afirmou com segurança que dará continuidade à vitoriosa administração de Odelmo Leão Carneiro.
     Não devemos, entretanto, entender como continuidade a “mesmice”, o “mesmo do mesmo”, levando-se em conta que uma boa administração pública deve ser dinâmica e criativa.

    Luiz Humberto, ao comprometer-se de dar continuidade à Administração de Odelmo Leão Carneiro, com certeza, acolherá deste vitorioso projeto, os princípios da ética e os valores morais: da probidade; da seriedade; da lealdade; do desprendimento; sobretudo aqueles de fidelidade ao povo e, aqueloutros, de honrar os compromissos assumidos. Sustentou também que administrará o município de Uberlândia em perfeita sinergia com o Governo do Estado de Minas Gerais - suporte indispensável ao desenvolvimento desta cidade.


    OS ADVERSÁRIOS DE LUIZ HUMBERTO CARNEIRO

    Não ignoramos o valor dos adversários de Luiz Humberto Carneiro, principalmente do deputado Gilmar Machado. Trata-se de pessoa honrada. Mas, a nosso ver, não possui o perfil para o exercício do cargo de prefeito de Uberlândia. Ele tem se preocupado mais com o progresso regional, esquecendo-se do desenvolvimento deste Município, o qual pretende administrar. É o que se depreende da entrevista concedida ao jornal “Correio”, Ed. 11/07/2012.
    Ademais, a posição de Gilmar junto ao governo Federal, na Comissão de Orçamento, era privilegiada, lugar de onde não deveria ter saído porque foi justamente nessa função que poderia prestar melhores serviços a sua região.


    DETRATADORES DE LUIZ HUMBERTO CARNEIRO

    Nesta oportunidade, |não podíamos deixar de repudiar a conduta de alguns seguidores de políticos da cidade, os quais, esquecendo-se de princípios éticos orientadores das ações de um bom político, com a deliberada intenção de vencer o pleito a qualquer custo, há algum tempo, eles promovem campanha sub-reptícia para desmoralizar Luiz Humberto Carneiro, taxando-o de ausente, omisso, preguiçoso, e de ter abandonado seus eleitores e o povo de Uberlândia.


    A RESPOSTA AOS MALEDICENTES

    Na literatura Cristã, vamos encontrar uma história mais ou menos, assim:

    “Certa ocasião, Jesus Cristo caminhava pela praia com um de seus seguidores. Já ia longe a caminhada, vencido pelo cansaço, o companheiro de Cristo desmaiou. Horas depois, ele despertou e se viu sozinho na sombra de árvore frondosa. Decidiu voltar pelo mesmo caminho. Ficou intrigado ao perceber que em determinado trecho, havia na areia, apenas duas pegadas. Ao reencontrar-se com Jesus, queixou-se, amargamente: Mestre, você me abandonou! Ao retornar pude constatar que em determinado trecho do caminho havia apenas duas pegadas. Jesus Cristo, serenamente, respondeu-lhe: Meu Irmão, no trecho que você encontrou apenas dois passos, as pegadas na areia,são minhas. Foi justamente nesse trecho que lhe carreguei nas costas e o deixei na sombra de uma árvore.”

    Sem pretensão de fazer apologia com o sagrado, a história narrada é a que melhor se ajusta para rebater os boatos espalhados pelos detratores e maledicentes de Luiz Humberto Carneiro.  Numa sórdida campanha subliminar eles tentam conspurcar o nome de um homem integro e  trabalhador.
    Realmente, Luiz Humberto esteve ausente da cidade por algum tempo, em Belo Horizonte, no exercício do mandato de Deputado Estadual a ele outorgado pelo honrado povo de Uberlândia e da região. Mas, durante esse tempo, seus pensamentos e ações, estiveram sempre voltados para o bem-estar do povo que o elegeu. Luiz Humberto Carneiro Jamais abandonou seu povo!


    O TRABALHO DE LUIZ HUMBERTO CARNEIRO

    No curso de seu mandato, entre outros, Luiz Humberto exerceu o cargo de Líder do Governo Anastásia, junto à Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Vale ressaltar, Uberlândia, no curso de sua história, jamais havia recebido tantos recursos, quanto aos recebidos governos de Aécio e Anastásia, todos aplicados no seu desenvolvimento.  Luiz Humberto, não se tenha dúvida, participou de todas as negociações para conseguir os recursos, empregados em construção de escolas, hospitais, casas populares, creches, viadutos, rodovias e tantos outros benefícios do conhecimento da população deste município de Uberlândia.


    POSIÇÃO PRIVILEGIADA

    Luiz Humberto Carneiro é cidadão íntegro; pessoa desprendida e qualificada para o exercício do cargo de Prefeito do município Uberlândia.  Se defeito tivesse, seria o de não gostar de aparecer, salvo pelo seu trabalho profícuo em favor do povo.
    No momento político que vivemos, pela posição que desfruta junto ao governo do Estado de Minas Gerais, Luiz Humberto é - com certeza - a melhor opção para prefeito de Uberlândia.
    Na convenção municipal do PSDB para escolha do candidato a Prefeito, ele recebeu integral e apoio do prefeito Odelmo Leão, do governador Antônio Anastásia e do senador Aécio Neves.






    segunda-feira, 9 de julho de 2012

    Soneto dos dezoito


     Meu  pensamento dança qual folhagem
    Vivo triste nostálgico a pensar
    Com os olhos submersos na paisagem
    Vejo em sonhos o estrelado céu e o luar

    A vida é um crepúsculo tristonho
    Houve tempos de luz e de alegria
    Que venturosa vida que belo sonho
    No tempo em que a saudade era poesia
     

    Passado relembra os amigos distantes
     Busco agora horas livres, vidas vadias
    Noites alegres de plena fantasia



    Para que tudo volte a ser como antes
    Vivo a sonhar em horas tão tardias
    E a  reviver momentos tão distantes.

    Poesia

    A CAROLINA



    Querida, ao pé do leito derradeiro
    Em que descansas dessa longa vida,
    Aqui venho e virei, pobre querida,
    Trazer-te o coração do companheiro


    Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
    Que, a despeito de toda a humana lida,
    Fez a nossa existência apetecida
    E num recanto pôs um mundo inteiro.


    Trago-te flores, - restos arrancados
    Da terra que nos viu passar unidos
    E ora mortos nos deixa e separados.


    Que eu, se tenho nos olhos malferidos
    Pensamentos de vida formulados,
    São pensamentos idos e vividos.

    Machado de Assis

    quarta-feira, 4 de julho de 2012


    "Faça da sua crença em Deus e no destino sobrenatural do homem a luz que de guiará no meio da confusão dos desorientados e da corrupção dos costumes" (Código Etica Estudante)